(…) nestes 50 anos do 25 de Abril não podemos deixar de considerar o desenvolvimento que foi feito. Ainda há dias me encontrei com pessoas com necessidades especiais, e o desenvolvimento, a consideração que há em relação a estas pessoas hoje é notável. Pensando há 50 ou 60 anos atrás e o que há agora de resposta, é notável. Claro que não é o Estado, são as instituições com o apoio do Estado e hoje as famílias têm referências de apoio, que vêm a público. Gerou-se uma consideração, quase uma ternura, um carinho da sociedade em relação às instituições que têm essas pessoas e vem ao de cima uma beleza humana que não conhecíamos.
A própria Igreja também tem ajudado a essa sensibilização, com o Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência.
Sim, claro. Se houve atenção, neste caso, a estas pessoas, e se criaram movimentos e instituições para trazer auxílio a esta realidade humana, porque devem fazer parte da evolução do país… não podemos cair numa situação em que há um problema de rendimentos, de famílias com complicações a emigrarem. É preciso uma presença, uma atitude de confiança e de bem, de modo a que toda a gente se envolva, também as empresas e os grupos económicos. Sei que muitos têm essa postura e interesse em que as coisas se desenvolvam, e se preocupam com o o diálogo com os seus funcionários. Mas é preciso cultivar essa maneira de estar na vida, reconhecendo o bem. Digamos que cada empresário é um agente social, porque está a fazer bem ao país e a muita gente.
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